sábado, 20 de março de 2010

A tal da vergonha alheia;


Você como cidadão natural do Brasil, cheio de costumes, princípios e manias sai da sua casa contente e feliz para mais um dia. Seja para estudar, pra ir comprar alguma coisa para comer ou beber, pra ir numa boite ou barzinho, você sai. Pra dar sentido ao teu dia, a tua existência. (profundo) E nessas saídas, nós sempre encontramos cidadãos como nós, perambulando por aí.

Depara-mo-nos com todos os tipos de criaturas, da tia gorda de bigode ao bombado de abadá na buatchy, causando-nos a malfadada "vergonha alheia". Por que além de sentirmos vergonha de nós mesmos, sempre damos aquele jeitinho de sentir pelos outros que definitivamente, não a possuem. Uma vez, voltando da faculdade no ônibus, uma mãe olha para seu filho e diz: "Olha fulano, eu não vou aceitar mais que você fique queimando baseado no quarto. Você acha que está na casa da mãe Joana?" Olhei para aquele rapaz compadecida de sua dor e de fato, senti vergonha alheia pela mamãe dele. 

Noutras dessas andanças por aí por outros carnavais, me para um carro que de lá saem 5 bombadões ridículos usando somente uma fralda e com chupetas na boca. Novamente me senti envergonhada por eles após essa cena constrangedora. Fora alguns amigos nossos que acabam excedendo na bebida e nos causam de novo a tal da vergonha alheia. Ah o que seria de nós sem esse mínimo detalhe que nos permite talvez, observar mais as pessoas?


Viva a vergonha alheia.
Afinal, todo mundo devia sentir vergonha, mas pra isso serve a alheia.

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