Todo mundo já foi bicão em festa;

Seu primo tem um casamento de um amigo do amigo do irmão da namorada dele e foi convidado para tal evento. Não satisfeito em ser um convidado não oficialmente convidado, ainda solta uma: "primo (a), vamos comigo? vou ficar super deslocado se você não for". Você pensa (não muito, afinal casamentos tem sempre muita comida e bebida) e decide ir. Não sabe o traje adequado, não conhece os noivos, não conhece ninguém. Só o seu bendito primo.

Por não conhecer ninguém, você fica no seu canto, só bebendo. E bebendo. E bebendo mais ainda. Afinal, você está sozinho. E eis que desaparecem as suas inibições e constrangimentos. Você se levanta da mesa, vai dar os parabéns aos noivos e empolga na pista de dança. Quando eu digo empolga é verdade! Você chama a tia do primo do irmão do amigo conhecido do amigo que levou seu primo para a festa e dança descaradamente.

Suas inibições estão longe e você pensa: "tô nem aí... ninguém vai me ver mais mesmo" aí é onde você se solta! Começa a beber mais e mais e mais e dançar mais e mexer com todo mundo, pega os telefones de umas trinta pessoas na festa e ainda sai carregado pelo noivo, vomitando. Nessas horas, você que era "o penetra", passa a ser o mais conhecido da festa.

Afinal, todo mundo faz (e os penetras que fazem a festa)

Nenhuma mãe deixava a gente ver Xica da Silva;

Me lembro bem da época que a Xica da Silva passava na TV Manchete, lembram? Que era uma loucura a hora que começava a tal da novela. Minha mãe parava de cozinhar, meu pai parava o que estava fazendo e ia direto colocar na TV machete pra ver a Xica da Silva. Eu ficava querendo atenção, claro! Eu era uma criança e queria brincar, mas nenhum deles queria brincar comigo na hora dessa novela e minha irmã só sabia chorar e me morder. Problemas familiares a parte, eu um dia, fui tentar ver o que essa novela tinha.

Liguei a TV e deixei passando boquiaberta ao saber que aquilo estava muito 'caliente' para alguém da minha idade assistir. Minha mãe veio correndo, desligou a TV e me bateu. Não entendi porquê. Só vi a Taís Araújo peladjenha e umas cenas bem sexuadas. Lembro-me de ter sido essa a primeira cena de sexo que eu vi na vida e desde então, meus pais começaram a tampar meus olhos com o cobertor porque eu só queria dormir com eles pois tinha ficado assustada.

Depois eu ia conversar com meus amiguinhos e não se falava em outra coisa: "qual técnica você inventou para assistir Xica da Silva"? E cada um tinha sua técnica para burlar a vigilância paternal. A minha técnica era um furo no cobertor que eu tinha feito, que fora rapidamente descoberto pela minha mãe. Quem me conhece sabe muito bem o que acontecia quando eu era pequena e aprontava.

Afinal, todo mundo faz. (e apanha feio quando faz furos no cobertor)

É o tchan (na selva, no Havaí, no Egiiito)

Hoje eu vou falar sobre as vergonhas que passávamos quando éramos mais novinhos. Sim, eu digo isso para os maiorzinhos de 18 que conseguiram pegar a tão sonhada era do "Tchan". Era terrivelmente incrível a lavagem cerebral que essas bandas baianas faziam na cabeça das pessoas. De balão mágico nas festinhas de criança, passou para a "boquinha da garrafa" ou "pegada do bambolê". E era mágico que todas as famílias se juntavam em torno de uma garrafa e iam pedindo para seus familiares felizes simularem uma reboladinha numa garrafa. (Tem um vídeo meu de uma festa de família que eu desci tanto que cai junto com a garrafa). E era cordinha, bambolê, Egito, Havaí, selva, estátua, talquinho e por aê vai.

Era uma rebolação escrota na televisão. E a hora que todo mundo esperava quando passava aquela música do "Striptease" era quando aquela menina da companhia do pagode tirava a roupa e ficava peladona no palco do Gugu, lembram-se? Lembra também que seu pai, mãe, irmão ou irmã mais velha tirava do canal na hora e dizia que isso não era coisa "pra criança ver"? Uma coisa ninguém podia negar: todo mundo adorava dançar essas famigeradas musiquinhas!

Eu não tenho saudade.

Afinal, todo mundo faz (ô uô uô uô uô uô).

Todo mundo tem MPA's.

Terminou com o maridão, é virgem ainda, não trepou com a namorada, broxou, o peguete te largou, o PA abandonou você ou sua amiguinha de foda arrumou um namorado. São inúmeras as situações que você precisa utilizar o tão útil MPA (material pornográfico de apoio). Pode ser aquele canal proibido da TV a cabo ou aquela playboy escondida nas coisas do seu irmão mais novo. Pode ser também aquela revistinha de gajos peladões, um belo vibrador ou a duchinha. Ninguém deve dispensar esses materiais. O sexo mexe com o imaginário humano, FATO! Mas nem por isso a gente precisa sair transando com todo mundo, não é? Então, por que não deixar seus MPA's guardadinhos para essas emergências cotidianas?

Vamos largar de pudor então e falar abertamente disso. É uma coisa que todo mundo faz mas que faz questão de esconder a 37 chaves. Inclusive os históricos do PC quando você tenta dar uma escondida. Sim, todo mundo já teve também a curiosidade de visitar aqueles sites bizarrinhos que rolam na internet. "Ah, Dani... Não é todo mundo que faz isso." É sim. Todo mundo tem desejo sexual. Vê uma coisa mais agitadinha na TV e fica querendo mudar de canal, mas não dá! Não é? Uma diquinha que eu dou é que você possa guardar seus MPAs em um lugar bem seguro, porque é de fato constrangedor encontrar os MPAs dos outros. Enfim, não se amedronte, não sofra, não chore!

Afinal, todo mundo faz, a fila anda e os MPA's continuam!

Ah, aquela Hello Kitty fofinha ali em cima não é briquedinho de criança não. FICADICA;

Os créditos vão para o meu carioca preferido que insiste em não fazer strip na webcam. (hei de conseguir) Beijo, Lipe.

Todo mundo odeia porta giratória.

"Por favor, dirija-se ao balcão para deixar seus pertences metálicos"
- Uma chave a menos.
"Por favor, dirija-se ao balcão para deixar seus pertences metálicos"
- Um celular a menos.
"Por favor, dirija-se ao balcão para deixar seus pertences metálicos"
- Um desodorante a menos (o stress começa a atacar)
"Por favor, dirija-se ao balcão para deixar seus pertences metálicos"
- Um pen drive a menos. (e você começa a ficar puto)
"Por favor, dirija-se ao balcão para deixar seus pertences metálicos"
- Uma carteira cheia de moedas a menos (e vocÊ apela pro guarda: abre aqui pra mim?)
"Por favor, dirija-se ao balcão para deixar seus pertences metálicos"
- Uma caixa de cigarros metálica a menos. (e você: PORRA, NÃO TEM NADA NA MINHA BOLSA)
"Por favor, dirija-se ao balcão para deixar seus pertences metálicos"
- O stress toma conta de você e de novo insiste: ABRE ESSA PORTA PRA MIM, PORRA! QUER VER MINHA BOLSA?
"Por favor, dirija-se ao balcão para deixar seus pertences metálicos"
(...)

Ir ao banco é uma merda. Além de ser muitíssimo ruim ir pra um lugar onde a fila é grande, o mau humor das pessoas é maior ainda e a tolerância das portas detectoras anda quase zero, você ainda tem que aguentar o banco quase inteiro olhando pra você. Parece que você tem uma AK-47 dentro da mochila (e uma granada). Até explicar pro guarda que você não quer roubar o banco, você passa por esses constrangimentos.

Todo mundo odeia bancos (menos na hora de receber, claro)


Afinal, todo mundo faz.

Todo mundo faz xixi na piscina;

Eu não sei se há alguma tese de doutorado ou explicação científica sobre o malfadado "xixi na piscina". Algo que eu posso garantir é que todo mundo faz. Talvez por causa da distância do banheiro do lugar, da facilidade de estar ali mesmo e já dar uma aliviada sagaz nas águas frias (ou aquecidas) do clube ou de qualquer outro lugar que tenha a querida piscina.

O amontoado de água muitas vezes combina diversão e bebidas. E todos sabem que as bebidas alcoólicas (ainda mais a cerveja) atiçam o desejo uretral de esvaziar-se. Por que não aliar o prazer de beber com o de fazer xixi na piscina? Outra coisa que muita gente não consegue explicar é o porquê da piscina aquecida suscitar mais ainda essa atividade urinária. Garanto que as pessoas só não peidam na água por causa das bolhinhas e do mau cheiro que ele levanta. O pum é auto-denunciável mesmo debaixo da H2O. Diga-se de passagem, ainda bem que as pessoas não tem esse costume.

Afinal, todo mundo faz.

*Se quiser uma sugestão de um site interessante sobre o tema: http://www.xixinobanho.org.br/

Todo mundo odeia a reforma ortográfica.

Que muita gente não sabe escrever, todo mundo está careca de saber. Que a maioria não sabe escrever corretamente isso já é uma quase certeza universal, mas por que diabos existe a reforma de algo que nunca foi consertado? A danadinha da ortografia. Se as pessoas não sabem nem escrever o que foi aprendido em mais de oito anos de vida escolar, pra que essa reviravolta no âmbito linguístico?

"Desde o dia 1ª de janeiro de 2009 entraram em vigor no Brasil as novas regras ortográficas da língua portuguesa. Resultado de acordo envolvendo os oito países que falam português (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste) , a reforma visa a simplificação da grafia e a unificação das regras do idioma. A reforma ortográfica, que atinge apenas 2% da escrita, deixa praticamente intactas as regras de acentuação gráfica, mas suprime o trema, simplifica as regras do hífen e elimina as consoantes mudas, como a letra "c" da palavra exacto."

As justificativas são até plausíveis, mas definitivamente, não é de reforma ortográfica que o país precisa para confundir nossa cabeça. Precisamos de um pouco mais de leitura do que basicamente uma reviravolta na gramática. Mas, se pode-se retirar o diploma de um profissional regulamentado no país, porque não revirar o português? Afinal, é Brasil.

E afinal, todo mundo bóia na nova reforma ortográfica. (ops, boia)

Todo mundo tem dejà vu;

Sabe aquela sensação de já ter visto, vivido ou sentido alguma coisa sem ao menos ter passado no local? Isso é o tal do deja vu. Ao pé da letra, deja vu, que é uma expressão francesa significa "já visto" significa essa reação psicológica de já ter passado por algo sem nunca ao menos nem ter visto alguma coisa parecida. Tem gente que explica com teorias espirituais, como se já tivéssemos vivido aqui na terra antes. Outras teorias são as científicas, onde às vezes seu olho se "engana" enxergando alguma coisa primeiro e a mesma depois por não ter dado tempo de processar a imagem na mente e muitas outras são as formas de explicar esse fenômeno engraçado e tão mágico que sentimos de vez em quando.

Que todos nós passamos por isso, já sabemos. Mas o engraçado são as reações das pessoas, que variam de acordo com sua própria forma de expressar alguma sensação. Existem os mais sensitivos que garantem sentir até cheiros ou mesmo gostos de coisas outrora nunca cheiradas ou comidas. A mágica do processo é entender o porquê desse fenômeno mexer tanto com a gente. Você já teve deja vu?

Afinal, todo mundo faz.

Número dois? Só em casa.

Que o cocô é uma necessidade humana todo mundo já sabe, claro. Mas o que ainda nos pegamos para pensar é porque que esse dejeto mexe tanto com o imaginário das pessoas? Porquê que fazer cocô em casa é 37 vezes melhor do que em qualquer outro lugar do mundo? São coisas que talvez nem Freud explica, mas vou dar a minha opinião sobre o caso.

a. Ninguém vai reclamar do mau cheiro: reclamar reclama, né? Mas quando você está em casa, as pessoas que moram com você já se acostumaram com isso, já se prepararam para isso ou mesmo porque as reclamações deles são meio que irrelevantes quanto ao assunto.

b. Você consegue relaxar em casa: convenhamos... para defecar em paz é preciso estar relaxado, senão o esfíncter não colabora MEEEESMO.
c. Só na sua casa você pode levar "acessórios" para o banheiro. Que inclui revistas, telefone, videogame e para os viciadoa até o notebook.

d. Não precisa se preocupar quando alguém tiver esperando na porta.
e. Definitivamente, se ocorrer um 'processo melatório descontrolado', você não precisa pensar duas vezes para se dirigir ao box para tomar um belo banho.

f. Você não precisa ter vergonha dos barulhinhos.

g. Muito provavelmente você vai lembrar de buscar o papel higiênico antes. Se não lembrar, você pode andar pela casa sem pudor ou chamar sua mãe/irmão/pai para o exercício da atividade.

h. Você não precisa se desesperar se o vaso entupir.

É claro que existem mais uns 300 motivos para que o número dois seja feito só em casa e as pessoas vão sempre optar por isso. Só não entendo esse misticismo diante do cocô, já que...

Afinal, todo mundo faz.

Todo mundo já segurou vela;

Atirai a primeira pedra quem nunca segurou uma vela para um casal amigo (ou não) e se sentiu no mínimo constrangido com a situação ou mesmo: puto. Essa história de 'segurar vela' surgiu na França (na época feudal diga-se de passagem) quando os criados seguravam candeeiros para que seus senhores pudessem manter relações sexuais no claro. Eis que surgem duas classes de punheteiros (as): os voyeurs e os segura-velas.

Se bem que quando se é voyeur é passível de sentir muito tesão na situação que se encontra, já segurar vela é bem diferente. Mas voltando ao assunto, que convenhamos é um saco, todos nós temos mil experiências sobre o tema quando somos amigos demais do casal, quando somos uns belos de uns encalhados ou mesmo quando estamos sozinhos em algum lugar e vem um casalzinho atormentar-nos.

Uma das piores coisas de se fazer em tal situação é saber onde enfiar a cara em certos momentos quando por exemplo, o casal insiste em colocar a mãozinha aqui-mãozinha lá bem na sua frente sem nenhum pudor. Eu não entendo o porquê de tanto descaramento, juro. Talvez, quem sabe assim seja uma falsa sensação de "sou feliz porque tenho namorado (a)" mas enfim.. Vamos fugir um pouco das divagações.

Afinal, todo mundo faz.